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domingo, 19 de agosto de 2012

Filme Poder além da vida


Filme “Poder além da vida” e a filosofia do aqui e agora


            Ao pegar esse filme na locadora, pensava eu que encontraria algo espírita ou de ficção científica. Não era. Por fim, encontrei uma metanarrativa da intuição que falava para um homem. Esse rapaz vivia uma vida de festa e mulheres, onde seu apartamento era visitado por moças e a bebedeira com amigos era constante, apesar de ser ginasta olímpico. Ainda novo, não havia participado de nenhuma, porém agora pela falta de sono foi comprar algo em posto de gasolina pela madrugada e encontra um senhor misterioso, que lhe dá lições de sabedoria. A vida do rapaz se vê transformada, com novos paradigmas e uma nova cosmovisão. O senhor faz espécie de magia, estando hora no solo e noutro momento no teto do ponto, o que surpreende o rapaz, que vai embora perplexo.
            Vida de muito treino e certa diversão, nada faria o ginasta olímpico mudar a não ser encontrasse alguma crise maior em sua vida. Ele volta ao posto e recebe lições de sabedoria do seu novo amigo mais velho, que parece um pai que o moço não possui. Chama-o de Sócrates e este o ensina de começo perguntando se ele é feliz. Isso me lembrou Aristóteles e mesmo um certo toque de Epicuro, mas por fim o rapaz acabou levando uma vida mais casta, parando de exagerar em seus hábitos e evitando bebida e sexo desenfreado, costume já usual. Assim passa por uma séria de testes de humildade e parece também desenvolver poderes psíquicos, como projeção astral e leitura de pensamentos. Começa a perceber o que amigos pensam, e seu pessimismo revelado. A lição principal é para ele viver o “aqui e agora”, sem mais nada pensar, e assim fazendo consegue se o melhor no instrumento cavalo com alças, um que não era sua especialidade, haja vista amigo ter se contundido.
            Algo inesperado, porém acontece, após a revolta do rapaz com seu mestre, de modo que sofre acidente de moto, após nova farra. Isso nos leva bem a lição de moral, não de viver a vida, mas do excesso. Nenhum excesso e bom, segundo Aristóteles. E muitos filósofos falam na temperança, o que não parecia existir nesse jovem atleta. Assim prestes a ir a Olimpíada,acontece de ele ficar inválido e desenganado pelos médicos. Tenta se suicidar, ao subis na torre de uma igreja. Volta de bengala a procurar apoio e só encontra em seu velho amigo, no Sócrates. Voltou a treinar em argolas que foram construídas em sua residência, e assim com muito esforço consegue dar a volta por cima. Uma lição de vida que reflete o autor do livro e personagem real da história. Nos extras ele fala que ampliou um pouco os diálogos.
O filme nos leva a crer que há algo superior que encontramos na concentração, numa conduta bem afastada daquela da nossa vida moderna, com seu hedonismo desenfreado. E o atleta não compete por medalhas, mas para vencer no seu destino, para viver cada momento como se fosse único, e perceber as coisas cheias de plenitude, a vida que rodeia com suas maravilhas, antes despercebidas. Um bom filme para elevar o astral. Boa fotografia em cenas finais e efeitos de surpresa e de mudança de narrativa, o que dá mais movimento ao drama. Bom para quem gosta de algo diferente e que faça pensar, não apenas para acompanhar a pipoca e refrigerante em divagação irracional. Um atleta sempre revela uma história de superação, mas muitos se desviam do caminho e sofrem grandes quedas, piores que as quedas em sua atividade esportiva. As quedas de espírito são as piores. E viver a totalidade do momento faz com que se perceba o Todo, que dá poder e sucesso.
           

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Raça e racismo

Raça e racismo

Vemos que sob ponto de vista ocultista as quatro letras do nome de DEUS (IEVE ou Javé/Jeová) representam as 4 raças que estariam nos 4 pontos cardeais – Ao norte a raça branca, ao sul a negra, ao leste a amarela e ao oeste a vermelha.
Cada uma dessas raças realizou uma evolução em separado e cada raça possui sistema próprio para se elevar a iluminação. Daí que alguns místicos ocidentais perceberam que alguns sistemas orientais não servem ao homem ocidental, como o exemplo do exercício respiratório usado por Max Heindel.
A Europa caracteriza um continente completo, enquanto os outros são restos de civilizações antigas. Vemos assim as extintas raças atlante e lemuriana, que ainda aparecem em religiões e mitologias, sob histórias de gigantes e de homens que tinham contato íntimo com seres celestes. Em Noé da Bíblia vemos um Atlante, e talvez em uma descrição de guerra de anjos uma forma de descrever lutas entre magos daquela raça. Também, Enoc possivelmente era da raça atlante.
A raça egípcia original era vermelha, e seu remanescente se encontra no Peru. Ambas têm pirâmides, hieróglifos, esfinges e outras características semelhantes.
Quando um continente desaparece na Terra, e uma raça, outro surge em hemisfério oposto. E cada raça passa por fase de infância, juventude, maturidade e velhice.
O racismo se supera por vivermos numa casa comum que é a Terra e principalmente pela cultura, que mostra a diversidade artística a que possuímos e a paz possível. Com as lições de guerras históricas, aprendemos que não é a raça o norte para a salvação. Jesus teria aceitado diferentes raças entre seus discípulos, e os três reis magos seriam de três raças.
A Terra é resultado de 4 planetas cristalizados, e assim surgiram as 4 raças. A raça branca surgiu depois e foi tratada como a escuridão da história por outros povos. A raça branca teria nascido no polo norte.
Em cada planeta habitado, dos sete a que passa uma ronda, há 7 raças raízes e 7 sub-raças, e assim ao fim dessas raças há sempre um cataclismo, uma catástrofe natural, que põe fim a raça. O relato do dilúvio e de certos asteróides falam do fim dessas raças, isso relatado por tradições antigas e iniciáticas. No meu livro Bíblia e misticismo falo dessas 7 raças como os sete Adões.  
O racismo em muito retrata reminiscência arquivadas nos gens de antigas batalha por expansão territorial. Os Cruzados foram e voltaram muito templários, trazendo da raça árabe os conhecimentos ocultos, reprovados pela Igreja.
As primeiras raças dos homens teriam sido de corpo espiritual ou astral, e mesmo outras hermafroditas e nascidos do suor, segundo Vedas.
O racismo está sendo superado à medida que se tem mais conhecimento e que se procura a tolerância. Vemos que a cultura tira o preconceito.

(Excerto de programa de rádio Filosofia é liberdade, que passa aos sábados às 21:40 horas, apresentado junto com Cléverson Israel Minikovsky)

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Atraímos aquilo que respeitamos

Atraímos aquilo que respeitamos


Atraímos aquilo que somos. A nossa aura se envolve daquilo que se identifica, de modo que plasma a troca de energias com outros seres, objetos e indivíduos. E respeitamos aquilo que somos, é o nosso espelho que está naquilo que respeitamos, um espelho moral.
E respeito é uma forma de tornar relevante o valor do ser humano, sua dignidade. Há respeito quando não mais se trata o outro como objeto, como meio para satisfazer o próprio ego. Quando satisfazemos o ego usando das pessoas não mais as estamos respeitando, e assim as afastamos.
A lei hermética da polaridade funciona à medida que o mundo é mental, então atraímos pelo pensamento. Claro que isso não significa que por eu pensar um avião caindo o mesmo agora irá cair aqui encima da rádio. O processo envolve contato com subconsciente e com leis cósmicas muitas das quais ainda desconhecidas da humanidade. Antigos magos e alquimistas conheciam essas leis, e mesmo o magnetismo universal, o grande agente mágico, azoth.
A parapsicologia fala em telergia, que seria uma energia muitas vezes materializada, em raio de ação (que move objetos etc) espécie de fluido ou vapor, que muitas vezes cria vultos e fantasmas. Essa energia parece que envolve as pessoas em determinada célula e que faz as trocas de pensamentos, intuições, atrações. A paixão e o amor se devem em grande parte por esse agente de atração. E sem respeito não há relacionamento.
Também às vezes atrai o que desrespeita. Vemos que inimizades criam muitas vezes laços tão fortes quanto amizades e ódios são tão fortes quanto amores. Nada mais verificável que maldições, invejas e outras ações para atrair e isso tudo por desrespeito, por não conciliar o diferente, uma metanarrativa diversa do difamador.

Nietzsche disse que por admirar demais as virtudes dos outros, podemos perder o sentido das nossas. Antes de tudo devemos assim nos respeitar, fazer com que sejamos respeitados. Apenas respeitar os outros pode ser ato parcial, pois podemos pelo auto-desrespeito não gerar confiança. E na desconfiança há a repulsão, não a atração.
Geralmente o que atrai é o interesse, seja por prazer, dinheiro, vantagens várias. O respeito fica geralmente para segunda opção e as pessoas cada vez mais se lançam de cabeça no primeiro impulso. Na atração sexual é muitas vezes o desrespeito que a coisa acontece, não no respeito.
Disse Emerson que devemos desaprender nosso conhecimento do mundo. Vejo que uma série de preconceitos geram a atração e aquilo que se respeita, pois muitas vezes se respeita o rico desonesto e se desrespeita o trabalhador humilde e honesto. A aparência das vestes, o carro novo, tudo isso gera mais respeito, mas um respeito ilusório.
Raimundo Lulio disse quem obedece o não sábio, não é sábio. Poderia se dizer que  quem respeita o não sábio, não é sábio.
Sêneca disse que é tarde para poupar só quando resta o fundo da garrafa. Vemos que se deve respeitar enquanto temos a estima das pessoas, e quando vemos seu real valor, não por interesse, mas pelo que realmente é.

(Programa de rádio Filosofia é liberdade, que vai ao ar aos sábados 21:40 horas)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A vida como cálculo matemático

A vida como um cálculo matemático



A vida começa por uma via espiritual, pela unidade, o número 1, e pela trindade, do número 3, que ajusta a imperfeição da dualidade do número 2 (pela soma de 1 mais 2). Isso é um ponto, que podemos ver na letra hebraica Iod, o princípio masculino, e ainda podemos ver na década do número 10, uma volta a unidade. Esses números são Deus, ou as suas emanações ao menos. Principalmente a década e a unidade, que retratam a totalidade de tudo, em especial da vida, pois há um Princípio Vital e que podemos ver no Cósmico.
Os números representam ou mesmo são as ideias platônicas. Logo a vida é um cálculo matemático em especial em sua origem, em sua Alma ou mesmo essência. O cálculo revela a coisa-em-si, porque tudo tem seu número.
Já a vida biológica se inicia na reprodução. Macho é 3 e fêmea é 2, e casamento é 5. Assim entendiam os pitagóricos. O código genético, o mapa da vida foi descoberto por um grande cálculo, e o humano por um grande computador, especialista em cálculos. A Vida por fim se revela comprovadora do grande geômetra do universo que é Deus.
Vemos no espermatozóide uma unidade e que vai se multiplicando ao fecundar o óvulo. Há uma progressão geométrica que vai fabricar o ser vivo, essa forma que manifesta no mundo fenomênico a vida, por a vida é através de um ser vivo. Mesmo a estética e a beleza se referem a um cálculo matemático de proporção e paralelismo, dos olhos e do corpo, seja por seus membros ou de movimentos, o que estimula o encantamento da paixão, que deseja por fim uma perpetuação daquela beleza geométrica e matemática. A arte sempre tentou retratar essa geometria e esse mistério da vida.
Nos Vedas o ciclo da vida universal está em 4.320.000.000 de anos, sendo que ao fim chega a noite de Brahma, chamada Pralaya. Isso se faz em ciclos que se renovam, então não há fim absoluto.  Físicos colocam em 12 bilhões de anos o tempo de nosso universo, desde big bang. A vida teria surgido em determinado era e se desenvolvido à partir de organismos muito simples, ou mesmo vegetais simples. Isso tudo tem tamanha harmonia que podemos pensar em um cálculo para comprovar a vida. Há uma grande arquitetura, e podemos pensar na Criação como uma geometria, já presente em muitos minerais, com formas geométricas extraordinárias, matematicamente simétricas.
Não só o pitagorismo, mas a cabala já faz de longa data um cálculo sobre a vida e a realidade, mesmo até de anjos e outras coisas, que podem ser calculadas pelo seu nome. As dez emanações ou sephiroth explicam muita coisa, e a gematria seria uma forma de encontrar nas Escrituras correlações numéricas que trariam significados e interpretações adicionais.


A vida é um cálculo matemático resultante da própria noogênese dos seres vivos, especialmente dos animais e seres humanos. Vemos o cérebro como um grande matemático e a objetividade pela experiência resulta em segurança na permanência da vida.
A vida é tamanhamente manipulada por planos, em cálculos, padrões culturais e uma série de comportamentos padronizados que as vezes é de se duvidar da liberdade humana. Há um verdadeiro adestramento e parece que os genios da humanidade conseguiram fugir um pouco dessa grande manipulação mental.
A vida é calculada quando não é usufruída. Percebemos que as pessoas mais controladoras e calculistas acabam por se frustrar muito ao sofrer algum abalo em seus planos. Pelo contrário, quem se deixa levar pelo momento e deixa fluir energia acaba até atraindo mais possibilidades e oportunidades. O controle afasta, pois ninguém quer ser controlado, ninguém quer ser calculado.
Vemos que as pessoas são julgadas por sua utilidade na medida em que colaboram para esse ciclo vicioso de consumo e de manutenção dos donos do poder. Uma série de condicionamentos e padronizações absurdas são travadas, e cada vez mais a massa é quem é manipulada por uma série de vícios e modas, e em ano eleitoral colocada no estribo.
Por outro lado, o adepto, o mago, entre outros, até os condicionamentos vitais e naturais conseguem superar. Basta pensarmos no Sadu indiano ou no faquir

(Resumo de programa Filosofia é liberdade, apresentado junto a Cléverson Israel Minikovsky, aos sábados, 21:40 horas)