Vemos
com alegria os enfeites e a comemoração de Natal, relembrando
sempre do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em especial, além
de Papai Noel, que representa São Nicolau, vemos a representação
dos reis magos do oriente, que vieram visitar esse menino, filho de
Deus, quando seguiam uma estrela no céu. Os reis representavam
nações do mundo, e se chamavam Baltazar, Gaspar e Melquior, e os
presentes eram o incenso, a mirra e o ouro. Mas o simbolismo místico
vai bem além desses detalhes, chegando a elemento de civilizações
antigas, detalhes do corpo humano e mesmo aspectos astronômicos.
No mês de Dezembro os judeus comemoram a festa das luzes, Chanuká,
e é um mês que se atribui milagres, não sendo estranho que
nascesse Jesus nesse mês. Dezembro é representado pela constelação
de Capricórnio, regido pela letra hebraica ain (Saturno) e
bet (Capricórnio), que somam em número 72, que está ligado
ao número de anjos e ao Nome de Deus, ao Pai, Aba, ou a esfera da
cabala, Hokmá. Em resumo, um mês a se dedicar ao espiritual.
Já
sobre os três reis magos, Gaspar era de Tarso, Melquior da Arábia e
Baltazar de Sabá. Gaspar idoso, Melquior de meia-idade e Baltazar
jovem. Os três representam o caminho da transmutação. Pensando no
corpo humano, esses três reis magos representam os três pares
adicionais de nervos na região sacra, que o diferencia dos animais,
que têm 28. Por isso o homem sintoniza com o calendário solar, e
diferente de uma raça antiga, que era lunar, de Atlântida. Assim os
reis representam também épocas anteriores da humanidade, além da
Atlântida, também a Lemúria e e atual, ariana. Mostram assim o
caminho da evolução da alma e corpo.
Por
outro lado, o rei Herodes representa a natureza inferior, que quer
matar o Cristo, seja o histórico, seja o interno, seja o cósmico.
Essa natureza inferior, ou do ego, se preocupa com qualquer avanço
do Cristo Interno, e do Espírito Santo através das pessoas, e assim
consulta coisas do corpo, representadas pelos sacerdotes e escribas,
a fim de combater essa Consciência Crística ou messiânica. E o
oriente representa a cabeça, que guia aquele que deseja evoluir
espiritualmente, em oposição ao ocidente, que simbolicamente é
relacionado ao materialismo e descrença.
Já
a estrela está naquele que se converte, no Novo Homem, que imita e
vive o caminho de Cristo, seja espiritualmente, seja em seu corpo.
Assim o ouro representa a sabedoria para esse caminho, o incenso a
espiritualização do corpo, e a mirra a pureza. Trabalhando na
evolução, e se diferenciando dos animais, ou do macaco, o homem usa
os três pares adicionais de nervos, os três reis magos, a fim de
trilhar sua evolução espiritual, guiado pela estrela. A manjedoura
é o corpo, onde nasce esse princípio crístico a fim de convidar o
cristão a metanoia, a transformação do seu ser, mais que
apenas seguir símbolos exteriores e ritos. E a vida de Jesus é
reencenada fisiologicamente e espiritualmente em cada um.
Assim
observamos que os três reais magos representam mais que nações
seguindo Cristo, mas que mostram o que há em cada um, e o que houve
de transformação dos astros e do corpo humano, no caminho da
evolução que leva até o retorno ao Pai, ou a Deus. Isso mostra que
o homem é mais que um animal racional, mas sim imagem e semelhança
de Deus, e que Jesus mostrou e provou essa qualidade, no seu
nascimento para a salvação, a que todos agora comemoramos. Para
tanto, que a estrela e a luz nos guie nesse mês de milagres, a fim
de que possamos renovar-nos com alegria e esperança. E que imitemos
Cristo e tenhamos ele dentro de nós, nascido na manjedoura de nosso
corpo.