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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A economia, a religião e a política

  A economia, a religião e a política 

Há a evolução de um darwinismo biológico para um darwinismo legal. A religião protege o mais fraco, pois é o doente que precisa de médico, não os outros. Vemos que o que parece bonito em nossa Constituição Federal, e mesmo idealista e utópico, é apenas uma máscara para a lei dos mais fortes, ou mais espertos. A política revela bem esse modus vivendi. Falou Marx que: “Aos economistas burgueses parece-lhes que a produção funciona melhor com a polícia moderna do que, por exemplo, com a aplicação da lei do mais forte. Esquecem-se apenas de que a ‘lei do mais forte’ também constitui um direito e que é esse direito que sobrevive, com outra forma, naquilo a que chamam ‘Estado de direito’”.
Disse o anarquista Bakunin que: “O governo pela ciência torna-se tão impossível quanto o do direito divino, o do dinheiro ou da força brutal. Todos os poderes são, doravante, submetidos a uma crítica implacável. Homens nos quais nasceu o sentimento de igualdade não se deixam mais governar, aprendem a governar a eles mesmos”. Contrariamente, vemos que desacreditando já da igualdade formal e legal, vemos que aquela que se aproxima da realidade também esta apenas numa Utopia de Morus ou Cidade do Sol de Companela, senão na cidade de Agostinho de Hipona. E disse "a justiça humana substituirá a justiça divina" (Deus e o Estado). Vemos que pelo contrário, onde a justiça humana falha resta apenas a justiça divina para nos acolher.
Ademais, disse Erick Fromm que “O homem privilegiado, seja política, seja economicamente, é um homem depravado de espírito e de coração. Eis uma lei social que não admite nenhuma exceção e que se aplica tanto a nações inteiras quanto às classes, companhias e indivíduos. E a lei da igualdade, condição suprema da liberdade e da humanidade.” “um mínimo de satisfação deve ser proporcionado aos que são governados”. (O dogma de Cristo e outros ensaios). De certa modo a pessoa procura pela religião uma satisfação, não apenas de salvação, mas também do aqui e agora, satisfeito economicamente. E essa prática se constitui em uma política, em uma interação na cidade ou Estado.
Essa economia muitas vezes não está apenas na política partidária, mas está em uma série de atividades sociais, de grêmios desportivos a fraternidades, e cada vez mais vemos a força do conjunto. Na época do individualismo liberal se vê por outro lado um socialismo incógnito. Vemos que a maioria elege, e essa maioria não se constitui dos donos dos meios de produção. Há um sistema de pesos e medidas, de moderação, como se a democracia em si fosse o poder moderador. E a religião se constitui muitas vezes a veste existencial daqueles seres para que evitem a angústia.
Na obra “As 48 leis do poder” de Robert Greene e Joost Elfers, se diz na sétima: “FAÇA COM QUE OS OUTROS TRABALHAREM POR VOCÊ MAS SEMPRE FIQUE COM O CRÉDITO”. Nada mais certo que isto para alguns, pois a fama fica com um sacerdote ou representante político, mas quem trabalha é o servidor e aqueles missionários, que têm contato direto com o povo. Ficar com o crédito da vitória é fácil para um líder militar, mas se ele não estava no campo de batalha, não é honrado de tal crédito. Diz uma das leis para evitar o azarado e infeliz.
A religião tem a função de unir os homens, mas o defeito de unir aqueles que se assemelham. Já a fraternidade ou uma associação desportiva une pessoa de diferentes credos, auxiliando a maior amplitude de contatos, assim para a política se resumindo em mais votos e em mais oportunidade econômica. Na medida em que se restringe o acesso, bem como onde não se há um foco material, fica excluída em parte a oportunidade econômica. Mas Satanás ofereceu a Jesus todos os reinos desse mundo, ele não aceitando. Então a salvação espiritual é prejudicada por demasiado apego, bem como todos os vícios são armadilhas de Satanás.


Excerto para programa de filosofia na rádio Liberdade FM, 87,9, que apresenta junto a filósofo Dr. Cléverson Israel Minikovsky

Um comentário:

  1. Liberalismo: Religião: liberdade de consciência religiosa. Economia: direito à propriedade. Política: democracia e legalidade. Socialismo: Religião: é imposto o ateísmo e proibida toda espécie de liberdade de consciência. Economia: o Estado é dono de tudo e os burocratas são donos do Estado. Política: ditadura do executivo e imposição unilateral de políticas draconianas. Quem opta, primeiro deve comparar. CLÉVERSON ISRAEL MINIKOVSKY

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