Presenciamos
um movimento em cemitérios, no sentido de se cuidar daqueles que se
foram e em homenagem as suas almas. Frente a cuidados que se deve
tomar com a dengue que vinha assolando regiões em nosso estado,
resta que mesmo assim é de sabedoria orar pelas almas. Mesmo porque
existe doutrina que muitas vezes apoio nesse sentido é até melhor
que a edificação material. Muitas doutrinas existem sobre o que
ocorre após a morte, e mesmo místicos e pessoas que passaram por
“quase-morte”, e assim revelam o que ocorre do outro lado. Seria
temerário deixar e desperdiçar essas experiências, bem como não
se levar em conta a sabedoria das religiões e seus defensores. Mas
em resumo são três a teorias sobre a morte: a materialista, a
religiosa e a mística.
Para
os materialistas a coisa é mundo simples: tudo acaba com a morte.
Somos descendentes de macacos ou símios e estamos sujeitos a
nascimento, vida e morte semelhante a qualquer animal, tendo apenas a
razão como diferencial. Assim se limita bem a existência. Frente a
perfeição que nos envolve, fica cada vez mais limitante pensar que
somos meros descendentes de uma evolução que ocorreu por acaso ou
mesmo espontânea. Mesmo a matéria tem de ter um governante ou
inteligência, e o universo tem certos ciclos e leis que superam os
conhecimentos da ciência, pelo menos no atual desenvolvimento que se
encontra esse meio de conhecimento. Logo não há qualquer
possibilidade para o materialista de vida no além, sendo as
experiências quase-morte (EQM) meras alucinações ou sonhos, e a
pessoa desapareceria para sempre. Outros fatos seriam por eles
explicados por mera herança genética, outro absurdo.
Para
a teoria religiosa mais seguida ou vigente, que é a judaico-cristã,
vemos uma superação do materialismo. Há a vida após a morte, seja
no Reino do Céu, na espera que leva até esse, em purgatório, ou
mesmo em um inferno eterno ou céu eterno. O céu estaria em grande
parte reservado a um número limitado: 144000. Restaria outros com
uma outra ressurreição e assim céu eterno. A outros o inferno
eterno. E apenas uma vida para todas as experiências e aplicações
de uma justiça divina. Essa teoria religiosa também se reveste de
limitação e injustiça, uma vez pessoas nascerem sem cérebro,
outras morrerem na infância e outros ainda cometerem os piores
crimes e se verem sem pagar penalidade alguma. A morte não paga
todas as penas. Por isso a pena de morte é também limitada. A
teoria religiosa se trata melhor que a materialista ou ateia, mas
mesmo assim é limitada em justiça.
Por
fim, a teoria mística, que se reveste da opinião de diversas
correntes secretas ou esotéricas, coloca a vida além de apenas uma
existência, e faz uso da reencarnação para a aplicação dessas
compensações, através de diversas vidas. O corpo seria então que
nem uma roupa, útil a uma dessas existências. E o período após a
morte seria bem mais diversificado e elaborado. Se passaria por fases
de existência no além, com umbral, hospital, um período de
realização e felicidade, e por fim se iria renascer. Pessoas em
experiência quase-morte relatam uma luz e um túnel por qual passam.
Outras relatam uma espécie de inferno (o umbral) e assim por
diante. Mas em nenhum momento se fala que isso tudo é eterno. Há
sempre a esperança e alguma forma de perdão divino, e oportunidade
para que a alma evolua e se aplique alguma forma de justiça. Muitos
por intuição compreendem ou acreditam nessa teoria, ou mesmo via
espiritismo tem uma noção. A morte deixa de ser assim um fim
absoluto e a vida ganha também maior importância na sua ética,
exigindo mais cuidado e não estando ninguém livre de leis cósmicas.
Muitas coisas que parecem injustas assim se explicam através de
existências anteriores. E orar sempre bom às almas.
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