Invejosos
Leio
e vejo sempre as críticas de colunas específicas e me causa grande
reflexão as de moralistas. Sempre há aquela inveja em relação aos
jovens em seus textos, de modo a criticar relacionamentos,
comportamentos, vestes e demais costumes. O moralista teme a
felicidade, e sempre tenta acusar o comportamento dos outros, achar
desculpas em falta de cultura ou mesmo espiritual. Também os famosos
e ricos são acusados de barbaridades, e sempre se acha defeitos e
polêmicas. Evidente fica a inveja de quem não possui felicidade,
juventude ou riquezas, e assim acha o que acusar, querendo diminuir
os vencedores. Já filósofo Nietzsche falava que a moral é uma
moral de fracos, de perdedores, por outras palavras. Outro pensador,
Voltaire, comparava costumes estrangeiros mais vantajosos, aos da
cultura ocidental, e assim denunciava o erro. Mas o invejoso continua
escrevendo sua coluna de jornal, achando que o jovem e famoso não
tem cultura, que deveria estudar, ou buscar música clássica, ou
outras bobagens que mais revelam o seu preconceito com manifestações
culturais e mesmo com a diversidade cultural. Não passa de um
invejoso.
Ateus
graças a Deus
Li
esses tempos uma manifestação em jornal no sentido de que se via
criticamente a crença das pessoas e da sociedade em deuses, Deus ou
mesmo em qualquer espiritualidade. Pensei comigo: deve ser um
daqueles ateus que no momento difícil chamam a Deus, os ateus graças
a Deus. Sendo eu um estudante de misticismo há alguns anos, fiquei
perplexo ao saber que as pessoas ainda duvidem de seu potencial
espiritual, mesmo com as críticas racionalistas as concepções
antigas de Divindade, o que até tem um fundamento, ou mesmo da
religião. Observo que até concordo que nem todas as ideias
religiosas são verdadeiras ou positivas à humanidade. Mas, por
outro lado, vejo que a contribuição mística, a fim de unir as
pessoas a uma Consciência Cósmica serve mesmo que seja por esse
meios exteriores, e revela assim uma contribuição a sua evolução.
Sobre os animismos antigos, ou mesmo os deuses, mesmo se pode pensar
em deuses de seu coração, e assim uma união com seu Eu Superior, o
que também pode ser válido. Mas acreditar que as coisas surgem de
geração espontânea, seja por via de água, ou apenas do Big Bang e
que evoluem por mera seleção natural, isso sim é limitado e
absurdo. E mais uma vez os ateus dizem graças a Deus, mesmo que no
mais de seu íntimo.
Medievalismo
Por
outro lado, observando vídeos na Internet, percebo uma série de
acusações de artistas e pessoas vitoriosas em pacto com o diabo, e
outras estranhezas. Voltando a Idade Média, eu concordaria e veria
aquele procedimento mesmo possível, mesmo que por alguma loucura ou
busca de um poder, por parte das pessoas. Mas achar em um desenho
animado, programa infantil ou demais produções culturais, símbolos
e dizer que são prova de um pacto, isso é puro medievalismo. Mesmo
porque se não acontecerem de acordo com as Leis Cósmicas, essas
pessoas vitoriosas ou desenhos de sucesso não existiriam. Esses
inquisidores virtuais querem mais é dar força a um deus ao
contrário, e assim reinventar um maniqueísmo ou zoroastrismo,
verdadeiras heresias. E isso vem absurdamente também dos que se
dizem cristãos. Se for seguir o procedimento deles, até símbolos
cristãos eram usados por culturas antigas, e seriam “satânicos”.
Não se lembra do talento, do trabalho e mesmo da fé dessas pessoas
famosas, que muitas vezes fazem uma oração para Jesus antes de seus
shows, ou que fazem um desenho que valoriza a família. Acaba se
vendo apenas um pacto com o diabo, inventando coisas. Enfim,
medievalismos presentes em ano de 2015 após o nascimento de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Já eu, acredito que ainda Deus está no
comando.
Muito bom texto, Mariano Soltys. E muito atual também, haja vista que em Michigan (EUA) foi inaugurada uma estátua de Satã (Baphomet) há pouco tempo atrás. Paz e luz.
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