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quinta-feira, 26 de julho de 2012

POLITICA COMO RELIGIÃO CIVICA

Política como religião cívica


            A política identifica o cidadão, e está como uma prática no exercício de seus direitos e deveres. Platão na obra A República fala que aqueles que são para governar são de ouro misturado a sua composição, aos auxiliares prata (servidores públicos), e ferro e bronze aos lavradores e trabalhadores (braçais). Isso se relacionava as três almas, a racional (ouro), a irascível (prata) e a concupiscível (bronze).
Os governos são classificados por filósofos e cientistas políticos em três formas: o de muitos que governam, o de poucos e aquele de um só. Ainda estes são divididos em bons e maus. Assim tirania seria o mal de um governante, oligarquia de poucos (plutocracia), democracia o bem de muitos. Maquiavel teria superado essa divisão de bom e mau governo. Sempre houve uma exaltação da monarquia. Parece que a monarquia interage mais com a religião, sendo o rei um representante de Deus. Por isso das vestes de mago do rei. E houve reis que curavam por imposição de mãos, que operavam milagres.
Aristóteles fala que a demagogia é um governo viciado para a república. O homem como animal social e o único que tem o dom da palavra. Política é na maioria uso de retórica e oratória, e convencimento. Tristemente hoje vemos mais falsas promessas e enganação que bom convencimento, isso pela falta de preparo dos que arvoram no campo político.   
 A virtude pessoal fará o bom governante. Fala Platão em temperança, que seria uma virtude exigida a quem governa. O que falta do tirano é a temperança, daí do perigo de este estar em posto de poder. Por isso o sábio no governo seria a melhor opção, e para tal a sua vida pessoal e autocontrole são indispensáveis. Não pode alguém governar um Estado quando o mesmo não governa a si mesmo.
Segundo John Locke o maior objetivo da política é a superação do estado de natureza e a preservação da propriedade. E também elaborar leis. E tirania ou ditadura seria governar além do direito, um poder além do direito, logo não legítimo ou reconhecido pelos comuns.
Thomas Hobbes fala em lei natural onde o lobo que o homem é do próprio homem. Também que o governante não deve apenas conhecer uma pessoa ou outra, mas o gênero humano. Para Hobbes as formas de governo só mudam no nome, superando também sua dicotomia de bons e maus.
Segundo Maquiavel. Quando os ricos veem o poder das massas eles buscam eleger um daqueles que compõem a massa. Assim vemos pseudo-esquerdas governando e à medida que enriquecem na máquina púbica, mudam naturalmente de ideologia, mesmo que não queiram. Ademais, pra mim não existe mais esquerda e direita: existe pobre e rico, e esses são os primeiros partidos políticos que um cidadão compõe.
Eu estava lendo um livro de comentários aos Vedas, dos Hare Krishna, onde tratava de governos e reis, de modo que denuncia que vivemos numa espécie de era das trevas, ou Kali Yuga, onde governos seriam corruptos, pessoas viveriam sem ética e a moral seria distante de Deus ou da religião. Nada mais verdadeiro, uma vez que o sábio e santo não está mais no governo, e nem é a sabedoria o valor. Hoje mais a aparência e o dinheiro contam, e convencimento por palavras astutas.        
Fala-se assim de pais contra filhos, e brigas por qualquer quimera, por qualquer dinheiro. Vivemos um apocalipse e a política e costumes atuais demonstram essa decadência de valores. O cidadão tem na política uma apostasia daqueles valores cristãos a que fora educado.

(excerto do programa Filosofia é liberdade, que vai ao ar 21:40 de sábado, na 87,9 FM, junto com Cléverson Israel Minikovsky)