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sexta-feira, 27 de junho de 2014

O Universo Como Um Organismo Vivo












 



M. Soltys
 









Como início e fim, bem se pode conceber o Universo como o encontro do UNO e do VERSO (UNO+VERSO), do mundo das idéias e do fenomênico. É o que concebo, dentro de uma visão essencialista, como a união do Ser Infinito com a sua Criação(mental/mentalização). Ademais, vejo o Universo como um grande organismo vivo, o que terá sentido apenas com a leitura do presente escrito, o qual fará uma pequena elucidação sobre o que o humano pensa sobre o Universo, ao longo da história.

Primeiramente, é relevante demonstrar, através de um quadro, como "evoluiu"a idéia do Universo:







1 Cosmogonia






Mitos e religiões. Geocêntrica.






Noite dos tempos






2 Cosmologia medieval






Via o Universo como uma pirâmide, onde Deus era uma estrela que difundia sua luz sobre esta. Geocêntrica.






Idade Média






3 Cosmologia moderna (mecanicista-cartesiana)






Via o Universo como uma máquina, como um relógio, com leis determinadas, previsível. Heliocêntrica.






Iluminismo e Renascimento






4 Cosmologia atual






Vê o Universo como um jogo, como uma arena, originário do big bang (grande explosão) e em constante expansão, ou até existindo antes (cordas). De probabilidade. Tem mais de 4 dimensões, em membranas (10 ou 11)






Atual









Nota-se, pelo presente quadro, nada mais do que a evolução da física e da noção em relação à mesma. Outrossim, a fé também colocou o humano na busca por respostas a respeito do céu. Já os povos antigos, egípcios, maias e orientais em geral (até as tribos indígenas brasileiras) têm a sua Astrologia, seu estudo do céu e dos astros como influência sobre tudo. Alquimistas, magos e iniciados de todos os tempos se viram envoltos por desvendar este mistério que é a Astrologia, a qual talvez teve origem em povos do deserto, haja vista seu gosto por observar o céu. Observando, desta feita, o firmamento, estes notaram um cordão de constelações chamado de eclíptica (entre os astrólogos...) e que conjuga doze constelações, mais tarde chamadas de signos do zodíaco (o que nos remete as doze letras simples do Sepher Yetzirah, um dos principais livros da Cabala, além de doze apóstolos, doze tribos de Judá etc...). A própria Cabala judaica nos remete ao Universo, pois ele foi criado: (Com o princípio, Elohim criou os céus e a Terra; ou como David Cooper falou: "Com o princípio, Ele(o Ein Sof/Nada Infinito) criou Deus, os céus e a Terra)". Comparações a parte, o que vale é a busca pela sabedoria e pelo céu em si, o que ainda estamos longe de conquistar, apesar dos grandes avanços. Ademais, boa é a analogia do Universo como um templo, e esse é o templo de Salomão, esse é o interior da Grande Pirâmide, essa é a obra do Grande Arquiteto do maçon.’. e representação da loja.’.Com a Cabala ocidental, já um pouco diferenciada da hebraica (difundida pela Golden Dahn, pelos Illuminatis e outros), formulou-se um diagrama, chamado de Árvore da Vida, o qual tem dez esferas (sephiras, dimensões) onde há quatro mundos ou dimensões, da luz pura até o mundo onde habitamos (Malkut), o Reino. Nesta árvore, uma esfera abriga uma árvore inteira dentro dela, o que nos remete a pensar em dimensões dentro de dimensões... Assim sendo, o Universo se torna Pluriverso. Os limites dos nossos conceitos tornam-se, desta feita, ínfimos, pois nossos sentidos são demasiados limitados. Ainda dentro desta ótica ocultista-mágica-cabalística-hermetista, vêm as idéias do egípcio Hermes Trimegistus ( o três vezes sábio), o qual afirmou que "assim como é acima, assim também é embaixo", demonstrando que o homem é um universo em miniatura, um microcosmus; em comparação ao céu, um macrocosmus e que os dois são regidos pelas mesmas leis. Enfim, os próprios mitos são representações astrológicas e cabalísticas, o que trás o seu significado a tona e o que faz cair o véu de Isis, transcendendo-se a mera superstição. (também o antigo e o novo testamento da bíblia está cheio de significados ocultos...). Mas, isso fica a outra reflexão. Eis um mapa astral e uma árvore da vida:








Após as trevas da idade média, fora poucos que foram queimados vivos e vítimas de calúnias, surge o tempo das luzes, ou melhor, da razão, com o Iluminismo e o Renascimento. Neste tempo, vem um sujeito chamado René Descartes com o seu método, com o seu racionalismo, daí a idéia do Universo como um relógio, pois para os cientistas dessa época a máquina era a perfeição, o que vinha a ter analogia, por lógica, com o universo. Esta era uma visão fria e calculista, que ainda perdura na sociedade por seu capitalismo e mercado competitivo e nada cooperativo. Também, nesse tempo surgem Galileu, Copérnico.... Depois surgirá Newton, para o qual tudo é absoluto, ordenado, controlável (daí a política nada ambiental da década de 20...). Também Darwin, com sua seleção natural, a guerra justificada e o desafio a Deus, uma vez que o homem teria evoluído do macaco (talvez Darwin sim, ou de um outro animal...). piadas a parte, essa visão mecanicista, fria e cartesiana tornou o mundo o que é, um ninho onde ¾ da população é pobre, onde 3/5 das crianças latino americanas trabalham, onde o hemisfério sul sustenta os países ricos do norte pagando uma dívida para financeiras, como acionistas majoritários desse países desenvolvidos, seus empresários. O homem visto como uma máquina, pode trocar de peças, assim pode fumar, beber, comer porcarias da moda – e depois tudo estará resolvido, ele compra um homem novo... Contra isto, surgem novos físicos e novas mentes, não mais para pensar para os militares, como antes acontecia (ainda acontece, pois 75% da ciência americana é paga com dinheiro militar, para fins militares...), Deve-se, do contrário, buscar teorias mais profundas, para fins mais humanos, é o que será demonstrado no próximo capítulo.






 

 

No que tange a ciência contemporânea, a opinião é que o universo surgiu de uma grande massa uniforme, através de uma grande explosão, o Big Bang, há 15 bilhões de anos, essa massa sem nêutrons, prótons etc – sem definição, a qual antes de explodir estava em 10 bilhões de graus de calor, esfriando-se após os três minutos da explosão, o que geraria os elementos primordiais: hidrogênio ¾ e hélio ¼, além do lítio e outros. Desta feita, o Universo continua se expandindo até hoje, o que faz o espaço e o tempo, os quais não existiam antes do big bang. Bem, como afirma Horst: "Para o Universo como um todo, há apenas espaço vazio"(in A física e o Universo). A questão que fica é se este Universo continuará a se expandir, ou se recuará, após determinado tempo, esta, ainda, sub judice para os físicos. Porém, sobre a matéria, muito se tem mudado de noção de uns tempos para cá. Primeiro que 90 a 99% desta é escura, invisível; segundo que para a mecânica quântica, a nível sub-atômico há apenas potencialidades, probabilidades (por exemplo, um elétron em um momento existe, em outro não...), além de haverem partículas ainda menores, os quarks; terceiro que há, ademais, energias básicas, em número de quatro (gravitacional, eletromagnética, nuclear fraca e nuclear forte). Outrossim, o Universo teria origem em um Caos, e a nível sub-atômico ele continua um Caos, ou seja, uma potencialidade, uma probabilidade.Logo a matéria também é meramente uma potencialidade, uma probabilidade, uma ilusão (maya). Talvez existam energias mais primordiais, como uma energia vital, ou como bom exemplo o Chi do taoístas, o Axé da cultura africana dos iorubas, etc. A própria biologia nova afirma que os seres vivos se auto-organizam, autotranscendem, são dependentes uns dos outros, dentro de uma teia da vida. Para os taoístas, existem duas energias básicas, as quais unidas, formam o Universo, figura bem conhecida do tei-gi, não opostos, mas polares e complementares. Porém, a física atual afirma que dois polares se anulam. Sobre isto, criei uma fórmula para representar o mesmo, a qual representa a soma da existência negativa com a positiva, do Uno com o Verso: +(-)=0. É a soma dos infinitos. Além disso, acredito que o Universo é vivo, já que é sinergético (que canaliza energia para um mesmo fim).




Já os antigos alquimistas, hermetistas e magos viam o mundo e todas as coisas dotadas de vida, ou melhor, tudo é vivo. Claro que as coisas não saem por aí andando e conversando, mas, elas têm uma parcela da mesma energia que nos faz andar, falar etc. Desta feita, vejo o Universo como um grande organismo vivo, que se auto-organiza e autotranscende (que se mantém apesar das mudanças). Assim sendo, o Universo seria um grande jardim onde vivemos, ou melhor, o Universo é amor. Neste cosmo e caos, todos são importantes, todos têm a sua função e dependem uns dos outros (teoria dos sistemas vivos), da forma que uma planta necessita de fungos para extrair alimento do solo, um animal precisa de bactérias para a sua digestão etc. Mesmo o Sol tem a sua órbita, o que leva milhões de anos para percorrer na via Láctea, o que quebra nossa antiga visão mecanicista/cartesiana. Além disso, como um organismo vivo, o Universo sente, pulsa, circula em ciclos. Outrossim, existe ainda um mundo ou dimensão invisível, do qual não percebemos, pois o visível, segundo a Cabala estaria abaixo do abismo (Da’at), em diversas dimensões. Talvez seja mais espírito que corpo, mais movimento e energia, contra a imobilidade da matéria como nós a concebemos. É mais caos que ordem, mais indeterminação que certeza. O Universo mudou com as novas visões, ficou mais feminino, mais sujeito a fases (como a Lua...). Talvez existam outros, tão grandiosos quanto o nosso. Devemos buscar mais esta dimensão do sentimento, do Yin, para equilibrar aquela dimensão do yang, mecanicista e dogmática, anterior. Conceber tudo como vivo seria uma forma de respeitar todas as coisas, uma forma de se encontrar o elo comum com o Criador, o Ser Infinito. O Universo não é um vazio cheio de pedras que circulam, é um organismo vivo. Ademais, e, por fim, o Universo é amor (algo que une).