O misticismo não necessariamente necessita de enteógenos
Recente programa de TV sobre problemas com substâncias em rituais místicos deu certa polêmica, quando se mostrou o uso de veneno de sapo para se chegar a determinado estado de suposta manifestação do divino, êxtase, outro estado de consciência ou mesmo usado para tratamento de depressão, o que era o caso dos depoimentos. Outro uso mais presente é o de ayahuasca, que também vem sendo buscado por quem sofre muitas vezes de depressão, o que não é a finalidade do meio original ou xamânico, já desvirtuando até mesmo esse caminho. Resultou em crises de pânico e ansiedade.
Fato é que nas escolas místicas tradicionais, geralmente não se usa qualquer substância, tendo muitas técnicas místicas para se conseguir algum estado de êxtase ou alteração de consciência. As técnicas não envolvem grandes atividades, nem muita coisa, por vezes. Até se olhar uma vela pode ser um exercício místico inicial, em muitas das escolas místicas e iniciáticas ocidentais atuais.
Dentre os meios de exercícios místicos se destacam:
orações
meditações
exercícios respiratórios
visualizações
concentrações
ritualística
uso de velas
incenso
palavras recitadas
mantras
sons
músicas
cores
luzes
sinos
água
óleo
yoga
posições sentadas ou ásanas
imagens
invocações
jejuns
redução de carne
castidade
repetições de sentenças
afirmações
centenas de formas
Dentre tantas outras formas de se buscar o místico e a união com o Divino, o êxtase ou mesmo um estado alterado de consciência. Nessas escolas e práticas que se pode encontrar, não há o uso de enteógenos. Nem se precisa buscar qualquer substância. O que o humano já tem a sua disposição, como centros de energia, sua supraconsciência, seu anjo interior, Espírito Santo, chacras, Consciência Cósmica etc, já servem e muito a revelar o potencial de união divina e êxtase presente em todos.
Os meios fáceis podem ser ilusórios, e deve se tomar cautela para ingestão de qualquer substância, uma vez os casos problemáticos retratados nos últimos tempos, com pessoas que se perderam por esse caminho de enteógenos. Já as práticas místicas mais seguras seriam a oração, jejum e outras, que já estão disponíveis nas religiões, mesmo no cristianismo. Não se precisa buscar fora o que já se tem na sua tradição. Escolas sérias existem de misticismo, e as rosacrucianas seriam especialmente indicadas para esse fim, com mais segurança.
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